O caminho até Cali


O caminho até Cali

Juntas, construímos uma rota feminista para chegar ao Terceiro Encontro Latino-Americano de Mulheres.

Por terra e pelo ar, mais de 800 mulheres se mobilizaram até Cali para participar do terceiro Encontro Latino-Americana de Mulheres. De forma autogestionada, através da convocatória ou contando com uma rede solidária de parceiras: havia muitas maneiras de viabilizar a chegada na Colômbia. Assim, passo a passo, estamos construindo um caminho feminista.

Nossa chamada aberta, a Convocatória Pública, ajudou a trazer 15 mulheres de 15 países diferentes, além de 10 mulheres de outras cidades da Colômbia.

O encontro conseguiu borrar fronteiras e conectar caravanas de diferentes pontos da Colômbia, Venezuela e Equador.

Do mapa colombiano conseguimos desenhar uma rede com Caravanas de Bogotá, Ibagué, Armênia e Medellín.

A caravana Chavista foi mobilizada com garra e 80 companheiras juntaram-se à jornada. Para muitos deles, essa foi a sua primeira viagem para fora do país! E as 37 equatorianas que se juntaram ao evento não hesitaram em enfrentar as 30 horas de viagem para alcançar sua missão.

“Esta é uma oportunidade para compartilhar nossas experiências em um novo território. Para poder unir-se com centenas de irmãs da região, trocar estratégias, reconhecer-nos e retornar aos nossos países muito mais fortes “, compartilhou Malu, do Equador, em uma de suas apresentações durante o Encontró

Através da chamada aberta, as mulheres que se autogestionaram e vieram sozinhas para Cali foram atendidas — compartilhamos com elas uma série de informações, como onde seria a melhor chegada, quais eram as hospedagens mais baratas e onde era possível comer dentro e fora da Univalle.

Passo a passo

Após o atendimento por email, foram feitos manuais para facilitar a autogestão para as caravanas, um manual de subrervivência foi preparado para aqueles que ficariam no acampamento e uma lista de dados úteis sobre a Colômbia, que inclui feiras de alimentos, pontos turísticos e até mesmo dicas sobre como vencer o calor Caleño.

Ainda pelo email, recebemos as passagens das participantes para poder organizar os traslados dentro da cidade.

Por um chat específico, a equipe de logística sistematizar os dados e acompanhar as chegadas e partidas do aeroporto durante, além dos hotéis até a cidade ELLA, para as mulheres que não ficaram no acampamento. Foram mais de 70 transportes entre o aeroporto e a CidadELLA.

Contratamos um serviço de traslado, mas também levantamos voluntários para nos ajudar a levar pessoas ou equipamentos de emergência, neste processo foram 9 carros coletivos.

Criamos um protocolo sobre como operacionalizar a logística para que todas tivessem acesso à informação de quem estava chegando, saindo ou viajando durante o encontro, buscando transparência entre as presentes.

E, finalmente, apresentamos um mapa completo para que ninguém se perdesse no #CidadElla. Durante os dias do evento, as mulheres ocuparam completamente as instalações da Universidad del Valle, onde todas as atividades foram realizadas e transformaram o campus em uma verdadeira vila feminista.

Hospedagem

Outra parte da logística incluiu acompanhar e ajudar as convidadas, participante e produtoras de outras partes do mundo a se hospedarem na Colômbia. Realizamos negociações com os hosteis e outros centros de hospedagem para oferecer as melhores condições e no total, atendemos 70 mulheres fora do acampamento.

20 delas aproveitaram para permanecer em Cali por mais alguns dias e oferecemos hospedagens solidárias, leitos nas casas de nossas parceiras na cidade.

Da segurança às caravanas. Da mobilização em chats de trabalho até realmente levar essas mulheres ao seu destino. Dos manuais de viagem à atenção da Cruz Vermelha: a logística de ELLA foi um exemplo de práticas colaborativas e feministas.